quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Phuture Festival destaca cena de jazz eletrônico em SP


Serviço
Phuture | Lavoura + Mental Abstrato feat. Tássia Reis + Marcelo Monteiro Sexteto + DJ Samuel Subcultura (Soundstation) + VJ Daniel Todeschi (Jardim Elétrico) + Tag Tool Sessions com Paulo Pires + VJ Rica Ramos + DJ Amadeu Zoe (Dada Radio)
Serralheria | Rua Guaicurus, 857. Fone: 2592 39 23
07/11/15, 17h
Ingresso: Das 17h às 18h (grátis); das 18h às 20h (R$ 15); das 21h em diante (R$ 25)
Marcelo Monteiro divulgação 2
Marcelo Monteiro
A nova cena de jazz eletrônico nasce cosmopolita e urbana, inserida no movimento do future beats e no diálogo cinemático entre o som e as artes visuais. Ao mesmo tempo, o movimento bebe na estética de mestres como Raul de Souza, Eumir Deodato, Moacir Santos, Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, João Donato, Dom Um Romão e Azymuth.
Mental Abstrato em foto de RAOOS Irie
Mental Abstrato em foto de RAOOS Irie
 Em sua nova encarnação, o fusion dos anos 70 retorna como phusion, versão ainda mestiça e multicultural como fizeram os pioneiros, mas ativando máquinas e instrumentos para se integrar à cultura do remix, ao hip hop e à eletrônica do gueto. Híbrida, essa nova mutação casa groove e vanguarda orientada pelo jazz, rebelião permanente capaz de se adaptar, receber e doar influência e falar à alma, mente e corpo com igual potência. O Phuture, ao aliar bandas, DJs e VJs, torna-se terreno para a exploração de uma arte eletrônica com características brasileiras e latinas.

Lavoura em foto de Gabriel Quintão
Lavoura em foto de Gabriel Quintão
Com curadoria de Fabiano Alcântara (jornalista, músico) e Fernando TRZ (músico, produtor, designer), a primeira edição do Phuture recebe Lavoura, Mental Abstrato com participação de Tássia Reis, Marcelo Monteiro Sexteto; os DJs Dudão Melo, Samuel Subcultura e Amadeu Zoe, e os VJs Daniel Todeschi, PPires e Rica Ramos.
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Mental Abstrato feat. Tássia Reis - Criado em 2005 pelo trio de produtores Omig One, Calmão Tranquis e Guimas Bass, o Mental faz um hip hop jazz que bebe no jazz clássico, no jazz contemporâneo e nas raridades da música brasileira. Com uma harmonia perfeita entre performances de músicos convidados e samplers, o grupo destaca-se pela musicalidade e as batidas envolventes. Flutuando sutilmente pelo soul, groove, lounge e afro beat, eles alcançam a forte essência do fino hip hop jazz. Pure Essence, o primeiro álbum deles foi lançando exclusivamente no Japão em 2010 e também por selos como BBE, Far Out Records, IRMA Records e Paris DJs. Recentemente, o disco foi relançado em vinil.

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Tássia Reis é uma das apostas da novo hip hop com influências de R&B, jazz e MPB. Compositora, entre suas músicas estão Primavera, Meu RapJazz, Calma Preta, Agora que Eu Quero Ver, No seu Radinho e Asas. Em carreira solo desde 2013, Tássia iniciou como backing vocal da cantora Clawdia Ejara e fez participações ao lado de Marcelo D2, Rashid, AXL e da Mental Abstrato. No ano passado, a cantora de Jacareí foi escolhida para abrir a turnê de 25 anos do grupo Racionais MC's.
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Lavoura - Formado em Bauru, em 2003, o Lavoura atualmente se apresenta como um septeto, com um artista visual integrado ao grupo.
Photosynthesis, o trabalho mais recente, foi mixado pelo músico e produtor Pipo Pegoraro, com quem já haviam trabalhado no disco anterior, Nu Steps. O disco foi lançado de maneira independente em 2014 e saiu este ano pela netlabel japonesa Bump Foot.
O grupo formado por Paulo Pires (bateria), Caleb Mascarenhas (synths), Fernando TRZ (synths, piano elétrico), Fabiano Alcântara (baixo), Junião (percussão), Marcelo Monteiro (sax, flauta) e Daniel Todeschi (VJ) vem de dedicando a promover o diálogo com outras expressões artísticas e espaços, tendo se apresentado este ano na Made - Mercado, Arte e Design, em galerias de arte e nas ruas, como no projeto Jazz na Escadaria.
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Marcelo Monteiro - Nascido em São Paulo, o saxofonista e flautista tocou com medalhões como Gilberto Gil, Cauby Peixoto, Wanderléa, Moraes Moreira e Elba Ramalho, além de participar da nova cena de música brasileira ativamente com Junio ​​Barreto, Ortinho, DJ Tudo e Sua Gente de Todo Lugar, Simone Sou, Projeto Cru e outros.
Jazz brasileiro com muito groove é a receita do Marcelo Monteiro Sexteto para criar em 2015 um som que dialoga com o jazz moderno, especialmente o hard bop dos anos 60. Ao mesmo tempo, o grupo do saxofonista paulistano se mostra aberto à África e aos orientalismos, encurtando a distância entre a improvisações de vanguarda e a música que faz dançar.
Lançado este ano, Rasante, o segundo álbum de Marcelo traz participações de Guilherme Kastrup nas percussões e um trio de cordas. Ao vivo, o sexteto ataca com Marcelo Monteiro (saxofones); Amilcar Rodrigues (trompete); Daniel Amorin (baixo); Marcelo Castilha (piano e teclados); Matheus Prado (percussão) e Mauricio Caetano (bateria).
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Dudão Melo - Fundador da Sambaloco Records, um dos selos mais importantes da história da música eletrônica brasileira, Dudão Melo tem uma longa história no território das fusões entre jazz e eletrônica, seja com seu coletivo, o SuperJazz, ou pela difusão no programa de rádio Jazz Masters. Com o SuperJazz, desde 2004 se dedica aos novos grooves orgânicos e eletrônicos, com residências que passaram por clubes como Sarajevo, Vegas, Afrospot, Mood, Loveland, Bourbon Street, Bar Brahma, Superloft, entre outros.
Ao promover o intercâmbio entre músicos e máquinas, o SuperJazz pavimentou caminhos e formou público, tendo sido um dos principais responsáveis por colocar no radar do público o lado mais underground e soulfull da música negra e eletrônica dos DJs, com a cena mais experimental e grooveada do jazz e da música instrumental.
A viagem sonora de Dudão vai do nu jazz a soul music, da funk disco à house, passando pelos ritmos africanos, latinos e brasileiros. Música que preservar e traz para o universo da música negra e eletrônica dos DJs o legado que o jazz imprimiu e segue imprimindo, a criação musical baseada na improvisação coletiva.

::Amadeu Zoe

Produtor, pesquisador e editor da web rádio DADA Rádio, apresentando o programa "Electrojazz" dedicado às fusões do jazz com o eletrônico, do podcast REVERBE NETLABELS dedicado a difusão das Netlabels ou músicas sob licença Creative Commons e atualmente do programa Radiografias onde  explora as discografias de artistas consagrados. Foi curador da produção do CD "Netlabels Música livre pelo mundo" em março de 2009 e "Música Livre BR" em 2010 junto ao Centro Cultural da Juventude.
Produtor dos eventos de rua e festas do coletivo barulho.org, que tem como princípio a organização de apresentações visuais e sonoras como forma de reapropriar-se do espaço público como lugar de encontro e troca. É sócio e programador do Espaço Serralheria desde 2009, é também mestre em Geografia Humana, designer digital de blogs e mediador de redes de ação pela internet.
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Samuel Subcultura - Garimpeiro de grooves raros e futuristas, Samuel Subcultura surgiu em Sorocaba, cidade onde nasceu e mora, no contexto dos coletivos, em meados dos anos 90, com o Subcultura Sound System, de onde herdou o nome. Samuel conheceu a cultura DJ pelo hip hop e depois expandiu suas referências, chegando em um leque que inclui soulful house, deep house, future beats, broken beat, entre outros. O DJ, que participou do Batalha de DJs no Canal Multishow, é também um agitador cultural e mantém ao lado do DJ Erick Jay, a festa Soundstation.
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