quinta-feira, 28 de abril de 2016

Algumas formas de amar, em uma praça com vida própria

Uma aposentada sonhadora, um corretor de imóveis ex-ator, uma jovem aspirante a dramaturga, um psicanalista que acredita na sua arte, um músico vendedor de "produtos naturais" e uma crítica de arte implacável. Os seis tipos se cruzam em situações (extra) ordinárias ambientadas em uma das praças mais queridas dos paulistanos. "Te Amo, Franco Roo!" surgiu como uma homenagem à Praça Roosevelt e foi apresentada no Festival Satyrianas 2015, no Estação Satyros, palco para onde volta em temporada regular de um mês, de 8 de maio a 5 de junho, sempre aos sábados e domingos*.

Apesar do título, não se deve esperar de "Te Amo, Franco Roo!", uma simples história de amor. Com direção do veterano Fernando Neves e texto inédito de "Os Shakers", coletivo de dramaturgia formado por cinco novos roteiristas/ dramaturgos, o espetáculo discute o que é arte através dos seis personagens, em cinco histórias que buscam traduzir um pouco a essência da Praça. "É o que mais me agrada nesse texto, ele sintetiza o universo da Praça Roosevelt de diversas maneiras. A essência dela está presente em todos os personagens, em maior ou menor grau", declara Fernandinho, como é conhecido no meio artístico o premiado diretor ("A Mulher do Trem", entre outras peças) que já trabalhou também como ator em mais de 20 espetáculos. "É uma Praça com vida própria, cheia de camadas, e é justamente isso que queremos mostrar!", conclui ele, que reuniu um time de jovens atores que não se conheciam e tem demonstrado perfeita sintonia neste projeto.

"Pré-estreia" com o pé direito e casa cheia

Em sua última edição, em novembro de 2015, a Satyrianas contou com a participação de mais de mil artistas, ofereceu 300 atrações e atingiu um público de cerca de 40 mil espectadores. Nesse cenário, a peça, versatilmente classificada como comédia dramática ou "drama cômico", fez sua "pré-estreia" com apresentação em uma única noite, na qual registraram lotação esgotada do Estação Satyros (Espaço Satyros 2), lá mesmo na Praça Roosevelt. O Espaço abrigará novamente a montagem, que estreia oficialmente no domingo, 8 de maio.

SERVIÇO:
O QUÊ: "TE AMO, FRANCO ROO!", espetáculo teatral
ONDE: Estação Satyros (Espaço Satyros 2), Praça Franklin Roosevelt, 134 - Consolação, São Paulo – SP; Telefone: (11) 3258-6345 - 80 lUGARES
QUANDO: de 8 de maio a 5 de junho, sábados às 21h e domingos às 18h. * A organização informa que excepcionalmente no sábado dia 14 de maio não haverá apresentação.
QUANTO: R$ 20,00 (meia) e R$ 40,00 (inteira)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 15 ANOS

PÁGINA OFICIAL: www.facebook.com/TeAmoFrancoRoo   
VIMEO TEASER PROMOCIONAL: https://vimeo.com/163737322
 Ficha técnica:
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 15 anos
Dramaturgia: Os Shakers (Alexandre Freire, Lucas Paiva, Sergio Virgilio, Vivi Roesil e Victor Hugo Valois)
Direção: Fernando Neves
Elenco: Bruna de Moraes, Eliot Tosta, Heide Dória, Miriam Limma, Rodrigo Mazzoni e Vinicio Dutra
Produção: Miriam Limma
Cenografia: Verônica Ramalho
Figurino: Ivi Bugrimenko
Visagismo: Gil Oliveira
Sonoplastia: Renato Navarro
Operação de Som: Aghata Aline Santos Jesus
Iluminação: Maurício Sterchele
Fotos: Laercio Luz
Assessoria de Imprensa: Atti Comunicação e Ideias/ Elizângela Ferreira e Alexandre Freire
Design gráfico: Sergio Virgilio


III Festival de Finos Filmes anuncia curtas nacionais e internacionais

Dos 700 realizadores que inscreveram os seus curtas-metragens no III Festival de Finos Filmes, 16 participarão da competição oficial do evento que, de 6 a 10 de maio, ocupará as salas do Museu da Imagem e do Som (MIS) e FAAP.
A abertura oficial será no dia 5 de maio, no Cine Caixa Belas Artes, em São Paulo, com apresentação de produções recentes de curta-metragem da Finlândia,resultado da parceria entre o Festival de Finos Filmes, a Finnish Film Foundation e a Av-arkki (The Distribution Center for Finnish Media Art).
Dos 16 selecionados, 4 são brasileiros e 12, internacionais. Além dos dezesseis curtas-metragens em competição, o festival conta com exclusivo panorama do cinema finlandês. Haverá, também, um programa especial de animações holandeses, além de debates sobre habitação urbana e sobre o mercado nacional de curta-metragem.
Na programação também Mostra Holandesa de Animação, resultado de parceria com a EYE International pelo segundo ano seguido. Serão exibidos curtas-metragens animados, destaques da cinematografia holandesa, incluindo "(Otto)", o novo filme dos realizadores de “A Single Life”, indicado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação.


Mostra Competitiva - Dentre os escolhidos, representantes da Nova Zelândia, Alemanha, Grécia, Turquia, Argentina, Israel, Filipinas, Hungria, França, Austrália e Cuba e, Brasil. São quatro filmes nacionais em competição: os inéditos "Olhos Sujos de Azul", de Bia Vilela (São Paulo), e “Cartas” de David Mussel (Rio de Janeiro); “Ilha” (Paraíba/Rio Grande do Norte), de Ismael Moura e o premiado “Edifício Tatuapé Mahal”, de Fernanda Salloum e Carolina Markowicz (São Paulo). Todas as obras internacionais serão exibidas em São Paulo pela primeira vez. A maioria delas também passou por grandes festivais internacionais, como Locarno, Toronto e Clermont Ferrand.

Premiação e Júri - Serão premiados Melhor Filme, Melhor Filme Nacional, Melhor Roteiro, Melhor Direção e Prêmio de Reconhecimento Artístico. A escolha caberá ao júri formado por João Paulo Miranda, diretor e roteirista do curta “Command Action”, selecionado para a Semana da Crítica do Festival de Cannes em 2015 e do curta “A Moça que Dançou com o Diabo”, que estreia na seleção oficial do Festival de Cannes 2016, concorrendo à Palma de Ouro; Hamy Ramezan, diretor e roteirista finlandês-Iraniano, cuja produção Listen abre o III Festival de Finos Filmes (antes, foi apresentada na Quinzena dos Realizadores em Cannes, Festival de Toronto, além de ser premiado no Festival de Tribeca); e Rungano Nyoni, da Zâmbia, diretora e roteirista de diversos curtas-metragens, exibidos em mais de 200 Festivais ao redor do mundo – incluindo, em 2012, uma nomeação para o BAFTA.

Curadoria e Realização – A curadoria e realização está a cargo de Felipe A. Poroger, roteirista e diretor de curtas (“O Filho Pródigo”, premiado no CINE-PE, nas categorias Melhor Roteiro, Melhor Ator e Melhor Atriz; O Terno: Classic Albums”, “Enquanto o Sangue Coloria a Noite, Eu Olhava as Estrelas” e, em 2016, “Aqueles Anos em Dezembro”, selecionado para o É Tudo Verdade), que circularam – e ainda circulam – por diversos festivais, dentre eles o Festival de Gramado, É Tudo Verdade, Curta Cinema, Olhar de Cinema, Curta Brasília e outros. Apoio: MIS – Museu de Imagem e Som, FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, Folha de S. Paulo, Caixa Belas Artes, Estudio JLS e UpMix.  Parceria: Finish Film Foundation, Av-Arkki – Distribution Center for Finnish Art Media e Eye International – Marketing & Promotion of Duch Films

Acesse a programação completa em facebook.com/finosfilmes

Serviço:
III Festival de Finos Filmes,  de 6 a 10 de maio, São Paulo. Ingressos gratuitos nas bilheterias dos cinemas.
Caixa Belas Artes | R. da Consolação, 2423 - Consolação, São Paulo – SP (abertura, para convidados)
MIS – Museu da Imagem e do Som | Auditório  - Av. Europa, 158 - Jardim Europa, SP
FAAP– Fundação Armando Álvares Penteado | Auditório 1 - R. Alagoas, 903 - Higienópolis, SP


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Cia.Teatro do Incêndio prorroga temporada da peça "O Santo Dialético"

O espetáculo que estreou no dia 20 de fevereiro prorroga temporada devido ao sucesso de público.
Durante as sessões, o diretor Marcelo Fonseca cozinha pratos típicos brasileiros referentes ao tema
da peça (feijoada, acarajé e arroz carreteiro, entre outros). Projeto aborda a perda da ancestralidade.

A obra do antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro emprestou o nome para o projeto A Teoria do Brasil, contemplado na 26ª edição do Fomento ao Teatro, que teve como resultado de pesquisa a peça O Santo Dialético, da Cia. Teatro do Incêndio. Com texto e direção de Marcelo Marcus Fonseca, o espetáculo vem tendo lotação esgotada e terá sua temporada prorrogada até 26 de junho, na sede do grupo. Os ingressos passam a ser cobrados no sistemapague quanto puder. O espectador o retira com até duas horas de antecedência, mas recebe um envelope e decide o valor que pode oferecer só ao final do espetáculo.

Sobre O Santo Dialético
Na correria da metrópole, seis histórias são contadas. Um índio estuda para ser seminarista; uma moradora de rua se voluntaria para missão humanitária depois de sofrer uma overdose; uma prostituta chega à profissão após abandono da mãe, índia; um casal negro e evangélico é composto por um marido que se atordoa com o som do berimbau e uma esposa que não pode ter filhos; outro casal, caucasiano, é formado por mulher em tratamento de saúde e homem que não se reconhece no corpo masculino. Os enredos são contados concomitantemente e partem de uma mesma premissa: a perda da ancestralidade, da significação e da identificação pessoal.

Treze atores em cena costuram a trama ambientada numa arena de 18 por 7 metros, cercada pela plateia, da qual entram e saem pequenos cenários sobre rodas – como carros alegóricos. O espaço cenográfico móvel foi desenvolvido por Fabrizio Casanova. O dinamismo dá as mãos a uma trilha sonora mecânica e figurino cosmopolita: macacões jeans, assinados por Gabriela Morato – que também está em cena –, entrecortados por aplicações em outros tons do azul urbano. Tudo para o primeiro ato, na cidade. “Nela acontece a recusa de qualquer possibilidade de ancestralidade. A ideia é mostrar um Brasil retalhado, formado por fragmentos de diversos elementos históricos”, diz Marcelo Fonseca, idealizador do projeto A Teoria do Brasil.

O espetáculo O Santo Dialético, cujo título brinca com o sincretismo brasileiro, circula por dois outros ambientes em seus 150 minutos, compostos por dois atos e um intervalo. Depois de 1h30 na ambientação da cidade, a plateia é guiada pelos atores até o terceiro andar do teatro. Durante 25 minutos, Marcelo Marcus Fonseca serve pratos escolhidos anteriormente pelos espectadores. “No intervalo, a plateia entra ainda mais no teatro, em vez de se desligar dele”, conta. O espectador pode decidir por não jantar.

A experiência gastronômica resgata referências africanas, portuguesas e indígenas tanto na composição quanto na apresentação. A cada final de semana da temporada, um prato diferente é servido, começando pelo maior caldeirão de referências da culinária brasileira – a feijoada. Também entram no menu o caldo de mandioca, o acarajé, a tapioca e o arroz carreteiro, entre outros. A degustação custará entre R$ 20,00 e R$ 40,00 e acompanha salada e sobremesa (quitutes variados por sessão).

Encaminhado em cortejo de volta à sala de teatro, o público se vê em um novo ambiente: uma floresta. A trilha sonora original, criada ao vivo pelo multi-instrumentista Bisdré Santos, diretor musical da peça, dá o clima ao espaço. Piano, percussão, violão de sete cordas e flauta dão o tom ao segundo ato, no qual a ancestralidade passa a ser o objeto de procura – mesmo que não se possa atestar que ainda exista. “Quando você não entende sua própria mitologia precisa preencher esse vazio com outras coisas”, explica Marcelo Fonseca.


Foto: Giulia Martins.




Para roteiro
O Santo Dialético, da Cia Teatro do IncêndioDe 23 de abril a 26 de junho, sábados, às 20h, e domingo, às 19h. Endereço: Rua Treze de Mario, 53 – Bela Vista, São Paulo. Classificação: 14 anos. Duração: 150 minutos (intervalo de 25 minutos). Capacidade: 80 lugares. Ingressos: pague quanto puder.


Ficha Técnica
Texto e Direção geral: Marcelo Marcus Fonseca. Direção Musical, Composições Originais e Música ao vivo: Bisdré Santos. Figurinos: Gabriela Morato. Cenografia: Fabrízio Casanova. Iluminação: Helder Parra e Marcelo Marcus Fonseca. Fotos: João Caldas e Giulia Martins. Preparação Vocal:Alessandra Krauss Zalaf. Assistência de direção: Sérgio Ricardo. Produção:Cia. Teatro do Incêndio. Trilha sonora mecânica: Marcelo Marcus Fonseca e Bisdré Santos. Coreografia: Gabriela Morato. Operação de Luz: Helder Parra.Operação de Som: Victor Castro. Assistente de Produção, cenografia e montagem: Victor Castro. Responsável técnico: Antonio Rodrigues. Assessoria de Imprensa: Arteplural Realização: Cia. Teatro do Incêndio.

Atores: Gabriela Morato, Francisco Silva, Elena Vago, Luciana Fernandes, Wallace de Andrade, Victor Dallmann, Silvia Maciel, Felipe Samorano, Victoria Cavalcante, Valcrez Siqueira, Thiago Molfi, João Costal