Cia dos Inventivos abre o ano com a elogiada peça de rua "Azar do Valdemar", baseada na obra de João Ubaldo Ribeiro, em espaço aberto do Sesc Itaquera
A peça de rua tem direção musical de Rodrigo Mercadante, da Cia do Tijolo, e direção de Edgar Castro, da Cia livre. Peça se baseia no livro "Viva o Povo Brasileiro".
"Azar do Valdemar" fecha uma trilogia sobre o romance de João Ubaldo Ribeiro "Viva o Povo Brasileiro". A peça foi um dos maiores sucessos entre as estreias da capital paulista no ano passado. Nesse romance, o habilidoso escritor conta cerca de 400 anos de história do Brasil, porém numa narrativa com personagens fictícios.
E a dramaturgia dos Inventivos, feita pelo jovem autor Jé Oliveira em parceria com o grupo – que tem tido sucesso de crítica e público – tem sua encenação no formato do teatro de variedades. Fala do desaparecimento do Valdemar, de forma poética e com números divertidos e críticos com que o grupo convida o público participar da busca pelas "parte" de Valdemar.
A montagem acontece em uma Van Furgão Amarela, completamente adaptada para ser palco e as vezes ser a casa de Valdemar. Segundo o poeta e crítico Rudinei Borges, "A encenação foi uma das mais proeminentes do segundo semestre de estreias da capital paulista em 2014".
A direção fica a cargo do ator e diretor Edgar Castro, que dirigiu a trilogia completa e assume também a nova pesquisa do grupo em 2015. As músicas originais foram compostas especialmente para a montagem por Rodrigo Mercadante (Cia do Tijolo) em parceria com o grupo. A dramaturgia é do jovem autor Jé Oliveira também em parceria com o grupo. Os figurinos e adereços são de Claydson Catarina e a luz do espetáculo fica por conta de Wagner Antônio.
Serviço
Temporada do espetáculo de rua "Azar do Valdemar" da Cia dos Inventivos/SP
Dias 29 e 30 de janeiro no Sesc Itaquera.
Sexta e sábado às 15h
Local : Praça de eventos do Sesc
Gratuito
Duração 70 minutos.
Saiba mais sobre o grupo acessando a página do facebook Companhia dos Inventivos ou acessando o blog ciadosinventivos.blogspot.com
Sinopse
Uma trupe de artistas mambembes conta a história do desaparecimento de Valdemar e, com o público, tenta recriar a sua trajetória. "Azar do Valdemar" encerra a Trilogia dOs Inventivos, livremente inspirada no romance "Viva o Povo Brasileiro" de João Ubaldo Ribeiro.
Em "Azar do Valdemar" a Cia. dos Inventivos, desenvolve, por meio do teatro, informação sobre os sequestrados pelo estado policial que vigora em nosso país, denunciando simbolicamente as inúmeras injustiças do corpo social fragmentado pela violência. Inspirando-se em características do Teatro de Variedades, o espetáculo tenta construir novas abordagens que, por meio do estético, revisitem os modos como os relacionamentos humanos têm se constituído. Ao apontar as hostilidades contra o humano, os Inventivos criam mais um espetáculo-rapsódia da gente brasileira iniciado no "Canteiro", revelado em "Bandido É Quem Anda em Bando" e manifestado em "Azar do Valdemar".
Concepção: Cia dos Inventivos
Atores-criadores: Aysha Nascimento, Flávio Rodrigues e Marcos di Ferreira
Músico-criador: Adilson Fernandes
Direção: Edgar Castro
Assistente de direção: Daniela Rosa
Dramaturgista: Jé Oliveira
Orientação da pesquisa: Alexandre Mate
Direção Musical e Música Original: Rodrigo Mercadante
Preparação Corporal e Direção de Movimento: Verônica Santos
Preparação vocal: Raniere Guerra
Preparação dos atores: Antônio Salvador
Treinamento Palhaço: Esio Magalhães
Cenário e Luz: Wagner Antônio
Assistente de Cenário e Luz: Van Caires
Brincante Figurinista e Aderecista: Cleydson Catarina
Assistente de Figurinos e Adereços: Marcos Emanoel
Maquiagem: Guto Togniazzolo
Desenho de som: Miguel Caldas
Fotos: Bob Sousa, Christiane Forcinito e André Murrer
Costureira: Euda Alves de Araújo
Artista gráfico: Murilo Thaveira
Produção: Ana Flávia Rodrigues
Realização: Cia dos Inventivos e Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
Os versos citados na cena Ilusionista pertencem à música "Dodói", de Itamar Assumpção.
O texto em off é trecho de uma entrevista do escritor Juan Gelman, na voz de Edgar Castro.
O poema "Se eu morresse amanhã", presente na cena Crooner, é de Álvares de Azevedo.
Foto: Divulgação.
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