sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Instituto Tomie Ohtake lança livro da exposição AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar

                                               INSTITUTO TOMIE OHTAKE
APRESENTA
AI-5 50 ANOS – AINDA NÃO TERMINOU DE ACABAR
Lançamento do livro: 21 de agosto, às 19h

O livro AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar discute os custos da retirada de direitos democráticos para o imaginário cultural do País e compila uma pesquisa realizada em resposta aos 50 anos do Ato Institucional No. 5, marco do agravamento do totalitarismo da ditadura militar brasileira (1964-1985).
Organizado por Paulo Miyada, curador da mostra homônima realizada entre setembro e novembro de 2018 no Instituto Tomie Ohtake, o livro articula de modo ensaístico materiais que vão desde reproduções fac-similares de documentos de época até transcrições de depoimentos atuais de artistas que vivenciaram a ditadura brasileira, passando por fotografias de obras e eventos, excertos de textos, letras de música e análises críticas.
A pesquisa tem como cerne a produção de artes visuais do período, com obras, ideias e iniciativas que nasceram em tensão com a interdição da própria opinião política, que chegou a ser criminalizada pelas práticas de censura e repressão. Em alguns casos, as obras reunidas foram proibidas, destruídas ou subsistiram ocultas; em outros, sua circulação foi seriamente contida e seus modos de expressão passaram por codificações e táticas de resistência.
Ao observar a história desde um ponto de vista contemporâneo, entende-se que o legado da ditadura segue vigente em três níveis: 1. Seus traumas ainda não foram devidamente trabalhados como parte da história nacional; 2. O processo de abertura democrática foi realizado de forma lenta, barganhada e incompleta, o que impediu a ampla reestruturação e fortalecimento das instituições democráticas e da esfera pública do país; 3. Seguem em curso práticas de censura e de desrespeito às garantias democráticas de parte substancial da população.
Segundo Miyada, uma das contribuições que a arte pode oferecer mesmo durante os arcos mais sombrios da história humana é a sua capacidade de ampliar o campo do que pode ser dito e sentido frente aos limites e interdições da linguagem. “Com isso em mente, é possível considerar que este livro não é apenas um memorial de silenciamentos e perdas, mas também de reinvenções e resistências, com apelos que se endereçaram à sociedade de então e continuam em aberto, especialmente no ciclo atual de intolerância e silenciamento de toda opinião divergente”, completa o curador.
Além de contemplar os materiais usualmente reunidos em catálogos de exposições, como fotografias da expografia, dados técnicos e reproduções de obras expostas e textos curatoriais, o livro traz abundante material inédito, como páginas de um caderno de estudos de Antonio Dias, projetos nunca expostos de Carmela Gross e Vera Chaves Barcellos, e textos de Aracy Amaral. A organização editorial combina o percurso pela exposição com um panorama cronológico, o que se divide em nove núcleos: Promulgação do Ato Institucional Número 5; Os anos da arte de opinião; Censura nas artes visuais; Arte de guerrilha; Produção marginal ou subterrânea; Falácia desenvolvimentista e racismo estrutural; Abertura barganhada e incompleta; Arte e esfera pública; Entre 1968 e 2018.
Os textos escritos especialmente para o livro foram produzidos por Alexandre Pedro De Medeiros, Carolina De Angelis, Caroline Schroeder, Gabriel Zacarias, Galciani Neves, Izabela Pucu, Luise Malmaceda, Paulo Cesar Gomes, Paulo Miyada, Pedro Borges, Priscyla Gomes e Theo Monteiro.
Lista de artistas e autores com obras e documentos reproduzidos:
Adriano Costa, Ana Prata, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Benetazzo, Antonio Dias, Antonio Henrique Amaral, Antonio Manuel, Aracy Amaral, Artur Barrio, Augusto Boal, Aurélio Michiles, Aylton Escobar, Bené Fonteles, Bruno Dunley, Caetano Veloso, Carlos Marighella, Carlos Pasquetti, Carlos Vergara, Carlos Zilio, Carmela Gross, Celso Guimarães, Chico Buarque, Cildo Meireles, Clara de Cápua, Claudia Andujar, Claudio Oiticica, Claudio Tozzi, Cybèle Varela, Daniel Santiago, Décio Bar, Décio Pignatari, Desdémone Bardin, Deyson Gilbert, Edouard Fraipont, Evandro Teixeira, Fernando Oliva, Francisco Iñarra, Francisco Julião, Frederico Morais, Gabi Gonçalves, Gabriel Borba, Genilson Soares, George Love, Gilberto Gil, Glauber Rocha, Glauco Rodrigues, Guga Carvalho, Hélio Oiticica, Ivan Cardoso, Janina McQuoid, Jo Clifford, João GG, João Sanchez, Jorge Bodanzky, José Agrippino de Paula, José Carlos Dias, José Celso Martinez Corrêa, Leopoldo Ponce, Lula Buarque De Hollanda, Marcello Nitsche, Márcio Moreira Alves, Mário Pedrosa, Marisa Alvarez Lima, Matheus Rocha Pitta, Maurício Fridman, Mauricio Ianês, Natalia Mallo, Nelson Leirner, Orlando Senna, Paulo Bruscky, Paulo Nazareth, Pedro França, Pontogor, Raymundo Amado, Regina Silveira, Regina Vater, Renata Carvalho, Reynaldo Jardim, Ricardo Ohtake, Roberto Pontual, Roberto Schwarz, Samuel Szpigel, Sérgio Sister, Vera Chaves Barcellos, Walmir Ayala e Wlademir Dias-Pino.
Os depoimentos colhidos especialmente para essa pesquisa são de Antonio Manuel, Aylton Escobar, Carlos Zilio, Cildo Meireles, Claudio Tozzi, Gilberto Gil, José Carlos Dias e Nelson Leirner.
Lançamento: Livro AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar
588 páginas coloridas, capa em papel cartão fosco; português / inglês.
Preço: R$100,00
Distribuição Martins Fontes 
Vendas online pelo site www.martinsfontespaulista.com.br (a partir do dia 22 de agosto)
Data: 21 de agosto, às 19h
Local: Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 - Complexo Aché Cultural
(Entrada pela Rua Coropés, 88) - Pinheiros SP –
Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela
Fone: 11 2245 1900

Informações à Imprensa
Pool de Comunicação
Fone: 11 3032-1599
Marcy Junqueira e Martim Pelisson
Contatos: marcy@pooldecomunicacao.com.br / martim@pooldecomunicacao.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário