Com entrada gratuita,
mostra irá de 25 de maio até 30 de agosto no Parque Ibirapuera, em São Paulo
O
Museu Afro Brasil promove a partir do dia 25 de maio, dia Internacional da
África, a maior mostra de arte contemporânea africana já realizada no nosso
país. Com programação que inclui instalações, pinturas, vídeos, esculturas, moda
e um encontro para discussões com os artistas, o projeto Africa Africans, que
conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Odebrecht, traça um panorama da
recente criação visual do continente por meio de obras de artistas de diversos
países africanos. A entrada é gratuita e aberta para todas as idades.
A
exposição conta com cerca de 100 obras, de mais de 20 artistas, em diversos
suportes e linguagens, além de outras obras de arte africana, pertencentes ao
acervo do museu e à coleção particular de Emanoel Araujo, diretor curatorial do
Museu.
A
exposição tem foco na criação de artistas africanos, nascidos e residentes no
continente ou fora dele, assim como artistas de origem africana que, mesmo
tendo nascido fora da África, dialogam com a pluralidade de experiências
estéticas e sociais presente nas diversas regiões do continente.
No
Brasil, os fios que nos unem ao continente e que durante muito tempo ficaram
esquecidos e escondidos pelo racismo cordial característico da sociedade
brasileira nos impelem a buscar uma África que é, muitas vezes, criada pelo
imaginário. A imagem da África veiculada pela mídia brasileira é frequentemente
miserabilista ou então sonhada e idealizada, aquela das práticas culturais
originárias de uma África que já não corresponde à atual.
A
primeira etapa do Africa Africans aconteceu no último dia 17 de abril, parte do
calendário da 39ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW), onde o museu teve a
honra de receber a mostra Africa Africans Moda e apresentou os trabalhos de
cinco estilistas africanos: Palesa Mokubung (África do Sul); Amaka “Maki”
Osakwe (Nigéria); Jamil Walji’ (Quênia); Xuly Bët (Mali) e Imane Ayissi (Camarões).
A mostra de moda ocorreu no espaço central do museu e teve a curadoria do
nigeriano Andy Okoroafor, reconhecido editor e diretor de arte, clipes musicais
e moda em Paris, França.
EXPOSIÇÃO
Uma
das obras de maior destaque da Africa Africans será a colossal “The British Library”, do artista
plástico nigeriano-britânico Yinka
Shonibare MBE. Nascido em Londres em 1962, Shonibare foi criado na Nigéria
e voltou para capital inglesa para estudar Artes, dando início à sua trajetória
artística. Sua instalação é formada por 6.225 livros coloridos encapados por
tecidos dutch wax – conhecidos como
‘tecidos africanos’, mas fabricados na Holanda com uso de técnicas inspiradas
na arte milenar do batik indonesiano. O uso deste material é uma marca
registrada do artista. Shonibare debate nesta obra questões que lhe são caras
como colonialismo, pós-colonialismo e hibridismo e explora o impacto da
imigração sobre todos os aspectos da cultura britânica, considerando as noções
de território e lugar, identidade cultural, deslocamento e refúgio. A obra
também usa recursos multimídia, a exemplo de iPads.
Também
com presença confirmada está “Skylines”,
de El Anatsui, ganês radicado na
Nigéria. Nascido em 1944, ele é considerado o mais importante artista africano
da atualidade, com grande prestígio na Europa e nos Estados Unidos e foi recém
premiado, no dia 9 de maio de 2015, com um Leão de Ouro, na Bienal de Artes de
Veneza.
Suas
obras estão nas coleções públicas do Metropolitan Museum of Art em Nova York;
Museum of Modern Art em Nova York; Los Angeles County Museum of Art;
Indianapolis Museum of Art; British Museum em Londres; e Centre Pompidou em
Paris, entre outras instituições.
Muitas
das esculturas de El Anatsui possuem formas mutáveis e são concebidas para
serem livres e flexíveis de modo que se adaptem visualmente em cada instalação.
Ao trabalhar com madeira, barro, metal e, mais recentemente, tampas metálicas
de garrafas de bebidas alcoólicas, Anatsui rompe com a tradicional adesão da
escultura às formas fixas, embora faça visualmente referência à história da
abstração na arte europeia e africana.
Outro
destaque fica por conta da obra “Cloud
Earth Twist”, do nigeriano Bright
Ugochukwu Eke. A instalação que vem ao Africa Africans tem inspiração
autobiográfica. Após sofrer uma infecção na pele decorrente de uma chuva ácida,
Eke desenvolveu a obra que consiste em milhares de sacos plásticos cheios de
água acidificada.
O
trabalho de Eke tem sido exposto em cidades como Durban, Lagos, Londres, Nova
York e Verona, entre outras. Bright Eke cria uma arte socialmente orientada,
explorando os caminhos pelos quais as pessoas interagem com seu meio. Usando
água como tema e meio, ele desafia o espectador a pensar sobre este precioso
recurso, politicamente, eticamente e ecologicamente.
QRCodes
- O museu contará ainda
com QRCodes, na área expositiva, que fornecerá informações sobre o artista. Esse
conteúdo poderá ser acessado através da ferramenta de audioguia disponível no
App Museu Afro Brasil, com download gratuito para IOS e Android, em português e
inglês.
ENCONTRO COM OS
ARTISTAS – O Museu
Afro Brasil irá realizar ainda, no dia 26 de maio, um Encontro Internacional
sobre o tema da exposição, trazendo os artistas convidados para um debate com o
público acerca de sua produção e de questões levantadas pela exposição e pelos
participantes.
Será
produzido também um catálogo trilíngue (português-inglês-francês) sobre a
exposição, a mostra de moda e o seminário.
SERVIÇO:
AFRICA AFRICANS
Exposição
de Arte Africana Contemporânea
ABERTURA DA EXPOSIÇÃO
25 DE MAIO – 19H
Encontro Internacional sobre Arte
Africana Contemporânea
26 DE MAIO – 10H
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App Museu Afro Brasil disponível
para IOS e Android, com download gratuito na Google Play e App Store.
Museu Afro Brasil
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
Parque Ibirapuera - Portão 10
São Paulo / SP - 04094 050
Fone: 55 11 3320-8900
O funcionamento do museu é de
terça-feira a domingo, das 10 às 17hs, com permanência até às 18hs.
Durante o período de exposição,
25/05 a 30/08, a entrada será franca.
SOBRE
O MUSEU
Inaugurado em 2004, a partir da
coleção particular do Diretor Curador Emanoel Araujo, o Museu Afro Brasil
construiu, ao longo de 10 anos, uma trajetória de contribuições decisivas para
a valorização do universo cultural brasileiro ao revelar a inventividade e
ousadia de artistas brasileiros e internacionais, desde o século XVIII até a
contemporaneidade.
O Museu Afro Brasil é uma instituição
pública, subordinada à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e
administrado pela Associação Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura.
Ele conserva, em 11 mil m2 um acervo com mais de 6 mil obras, entre pinturas,
esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores
brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XVIII e os dias de hoje.
O acervo abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e
afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a
escravidão, entre outros temas ao registrar a trajetória histórica e as
influências africanas na construção da sociedade brasileira.
O Museu exibe parte do seu Acervo na
Exposição de Longa Duração, realiza Exposições Temporárias e dispõe de um
Auditório e de uma Biblioteca especializada que complementam sua Programação
Cultural ao longo do ano.
Informações para a imprensa – Museu Afro Brasil
Gabriel Cruz: 3320-8940 – gabriel.cruz@museuafrobrasil.org.br
Salvador Corrêa Neto: 3320–8940 – neto@museuafrobrasil.org.br
Informações para a imprensa - Secretaria da Cultura do Estado de São
Paulo
Renata Beltrão – (11) 3339 8164 –
rmbeltrao@sp.gov.br
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