O instrumentista une o som das 10
cordas de seu bandolim à voz do sambista, no show Bossa Negra,
mesmo nome do mais recente CD lançado pela dupla inspirado nos afro-sambas
de Vinícius de Moraes e Baden Powell
Foi um sucesso as duas noites de apresentação do CD Bossa Negra que trouxe o ambiente musical baseado
no chorinho de Hamilton de Holanda e no samba autoral do subúrbio carioca de Diogo
Nogueira. Com sua lotação máxima, o público do Auditório Ibirapuera vibrou com a apresentação e performance dos músicos.
Inspirado nos afro-sambas
de Vinícius de Moraes e Baden Powell, o Bossa
Negra de Holanda e Nogueira reúne canções que juntam a harmonia da bossa nova
e a influência do choro. O repertório do show traz músicas compostas pelos dois
parceiros com Marcos Portinari – caso da faixa título do CD –, e por eles três com
André Vasconcellos e Thiago da Serrinha, como Mais um Dia e Doce Flor,
e com Arlindo Cruz, Brasil de Hoje. O
espetáculo abre espaço, ainda, para versões de Salamandra, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro; O Que é o Amor, de Arlindo Cruz,
Maurição e Fred Camacho; Risque, de
Ary Barroso; e Mundo Melhor, de
Pixinguinha e Vinícius de Moraes.
Apesar de terem tocado
juntos em breves colaborações em CDs, DVDs, e shows anteriores, a ideia do Bossa Negra emergiu do primeiro duo
feito por eles em 2009, em Miami (EUA). Sem terem ensaiado e com um repertório
montado na hora, funcionou. Hamilton de Holanda apreciou a maneira destemida do
parceiro: “No palco ele partiu para cima, evocou o espírito natural do samba,
gostei!” Do seu lado, Diogo Nogueira se exaltou com a experiência: “Arriscar
sem medo, poder se atirar nos braços do Hamilton e saber que ele vai estar lá
para elegantemente nos segurar. Quem não quer?” Bossa Negra nasceu naquele dia.
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